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Mostrando postagens de setembro, 2012

RITUAIS

Tudo na vida é feito de rituais. Os rituais são muito simples e quase imperceptíveis. Eles nos passam de uma etapa para outra; se uma etapa não for concretizada, as seguintes não terão efeito. Os rituais são usados no cotidiano de qualquer um. São, na realidade, nossos hábitos. Trazem muito prazer, concentração e liberdade. Reequilibram o psíquico, o material e o espiritual. Não são prisões, regras e princípios. O amor também é feito de rituais: o de um ser humano pelo outro. O beijo de agradecimento após um elogio, o obrigado após um favor ou uma cordialidade. Tudo isso numa sequência gradativa: desde a hora de marcar o encontro até a última despedida, após o amor. Na realidade é uma gradação instável, como o da cobra que luta para morder sua própria cauda e, depois que consegue, solta-a para recomeçar tudo de novo. A prática dos rituais é erótica. Não o erótico ligado somente ao prazer sexual, mas também ligado à força pela vida. Nela

SOL... VIDA

Venhas ver o Sol. Ele é belo em todas as formas. Não cansa de iluminar Teu rosto, tua casa, tua vida. Ele é vermelho? Amarelo? Não importa a cor, Seu brilho traz vida, Vida que desperta outras vidas. Não é egoísta, é fraterno, Faz escala com a Lua, E não sente inveja da irmã romântica... ( Primeiros Momentos , 2001)

HUMANO... HUMANIDADE

Espécie rara, Surpreendente, cruel... Tuas atitudes genuínas e vis marginalizam-te. Humaniza-te! Humano... Humanidade À procura do tudo. Tão completo, mas só nada fazes. És tão pequeno diante de ti mesmo, porém grandioso em tuas belezas imaginárias e reticências. Cresce, Humano... Humanidade. Tenhas a pureza das águas, que retrata o fundo de um lago. Oh! Humano... Humanidade! Espécie rara, surpreendente, gente. ( Primeiros Momentos , 2001)

SABEMOS QUEM SOMOS

A maldição, infelizmente, é uma benção na boca de quem ama a ignorância, porque não tem palavra, tem arrogância, para dizer o que tem em mente, em vão. O homem, que não tem nada a perder, é a mais perigosa, deste mundo, criação. Em qualquer sociedade, dez desses precisos não são para a transformação, para o mundo padecer. A prisão de nossa mente é predominante, mas procuramos não ter medo da cultura dominante. O que ela fará conosco? O quê? Que já não tenha feito. O quê? Ensina que os negros viviam em cavernas, que se balançavam em cima das árvores. Que os índios eram selvagens aborígines, enquanto os brancos eram, dos cantos da Terra, patriarcas. O índio não era selvagem em sua própria concepção. Os negros nunca aquilo fizeram. Os negros uma raça de reis eram. Enquanto os " brancos"   rastejavam na Europa; quem são? Quase tudo que você sabe hoje a dominante ensinou. Adorar um Jesus loiro e de pele clara, aceitou. Mas Je

IMAGEM VIRTUAL

“No amor basta uma noite para fazer de um homem um Deus.” PROPÉRCIO. Longe de ti, persuasivo, sou nada. Tudo me inquieta sem razão aparente. Absorto, logro tua imagem alucinada, Que calada me rebusca subitamente. Ao meu alcance, sem dizer nada, abraça–me. A calefação deixa-me delirado. Da minha consciência, inebriado, perco–me. Em meu perjúrio, deleito–me transviado. Escuto palavras para cessar. Em desatino, encaro o receio. Meu corpo desacata as ordens para parar. Num ímpeto, obedeço minha mente. Estatelando–me contra o nada, digo: - Peguei–me pensando em ti, novamente! ( Primeiros Momentos , 2001)

É...

É por ter visto a luz dos teus olhos, Luz que não sei definir, Porque luz só... Luz vinda de ti, Chama, relâmpago, luar... É por ter contemplado o teu ser, No teu movimento, no teu esquema, Na tua parábola... É por ter sentido o teu imã, Tua essência, Tua vibração... É por ter ouvido a tua voz, Teu rumor, teu som, Teu eco... É por ter captado tua anunciação, Teu signo, teu enigma, Teu dogma... É por ter parado ao teu aceno, E recebido de tuas mãos... a profecia... É por isso, Só por isto, Sinto-me atraído. E o meu coração Oculta o encantamento. 04/98 ( Primeiros Momentos , 2001)