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Mostrando postagens de 2013

Lançamento de livro

CONVITE PARA LANÇAMENTO DO LIVRO

MAIS UMA CRÔNICA AO CRUZAR O UMBRAL ETÍLICO

Acho que hoje meu psicológico acordou predisposto para um bom vinho. Feito! Embora manhã, o calor do Rio de Janeiro faz com que, à varanda de onde momentaneamente resido (ou me escondo – isso pois preciso às vezes me reclusar... do outro, de mim... sei lá... sou meio doido). Calor, quase 11h, RJ e vinho? Devo ser louco de pedra mesmo... por um mal-estar físico, ainda que eu alterne o vinho com uma bicada numa taça de água gelada. Está tão quente que minha camisa já transpira, molhando à altura de meu abdômen. Na boa, véi, se minha roupa já sua, nem falo do meu corpo... no entanto, amalucadamente bebo agora um chileno. Sacio a sede do psicológico. Não sou bom bebedor, mas gosto. Casillero del Diablo (carmenere): elixir poético. Ao fundo, algo nada comum aos meus ouvidos... samba. Como sou previsível! Sem querer querendo, ao bel-prazer de aproveitar a piada-notícia da semana do jornal Meia Hora sobre a cobertura da morte do presidente da Venezuela, o sem teto da vila do senhor Barr

UM EU PÓS-MODERNO

Eu... Eu? Eu? Eu, onde estás? Podes me ouvir? Eu, ascolta-me, por favor! Não me negues-te. Procuro, pois é importante para mim. Pensa o que penso! Aceita, une-te-me! Não sumas em mim! Sejamos juntos nesta viagem, tua perdição, por mim. Por favor, sei que sou frágil e tu, uma rocha. Eu, está comigo nesta empreitada. Sua tez é pura como nuvem úmida. Eu, vê-te-me! Se não sou sua essência, é a minha! Por favor, sinto vida em mim, fogo sólido. Há quanto tempo não sentia... Não te escondas, não faças isso comigo. Somos apenas um no espaço sem limites. sua pele me roça, Eu. Sente comigo. Bem sei que é um pedido que não deve ser realizado, se quero o meu bem. Tu, Eu, sempre me defendeste e guardaste, desde que amadureceras e deixaste de brincar e de te enganares comigo em minhas infantices. Mas, Eu, vê como é divina sua arcádia. Eu aspiro a sua companhia, sua voz a levar-me pelo ar, a negar-me um beijo. Vê... um beijo para q

ESPAÇO E TEMPO

“Onde quer que tu vás, ou dia ou noite Vai seguindo após ti meu pensamento” Leito de folhas verde s  – GONÇALVES DIAS Em algum lugar do meu passado torno-me presente sempre que penso em ti. Viajo do meu presente, que é o futuro, para viver (não reviver) essa minha grande e única paixão. Lá eu te conheço, envolvo e te busco para mim. Com o meu esforço de ganhar o teu amor, tu me percebes e começas a sentir o que também sinto por ti. Perdes-te loucamente por mim numa avassaladora paixão que não tem fim. Nos amamos sem medo, sem receios em vão; nosso amor é sublime, lindo e inimaginável. Não há nada mais belo que o nosso amor, mas por infelicidade alguém me acorda e do meu passado, que era o presente, volto ao futuro que é agora o meu atual presente. Tive o meu futuro em algum lugar do meu passado. Não sei o que fazer para continuar a viver aquele meu passado que tanto se distancia do futuro. Não sei se tu existes mais; tua época é passada e

MINHA ESPERANÇA

(Ao conto   Uma Esperança , de CLARICE LISPECTOR) A esperança clássica, apesar de ser ilusória, é necessária. Desperta um sentimento que não tem corpo; tem alma. É frágil, não suporta pressão nem impaciência, é um inseto! Ela vai e vem, custa a aprender, não tem lucidez, mensuração dos fatos, é ingênua. Trágico é saber o que se vai ser. Não adianta protelar; é realidade. A esperança é guiada pelos sentimentos, é o fogo do lar, pode ir aonde quiser. Se a esperança está ferida, escorre sangue, ela sofre como alguém que diz: - Cortaram-me o coração; - Faz-me a alma sangrar. No pacato mundo da esperança, aparece o antônimo: o desespero. Agora há um paradoxo; uma eliminará a outra, lei da existência. As pessoas necessitam da esperança. Mas o desespero também existe, quer agir, atuar. Quem merece a esperança? Quem tem fome existencial para surgir ou quem tem fome de fé? Será que não é hora, momento, de agarra

O DESEJO DO AMOR PELA VIRTUDE

Procuro ser teologal; estas três virtudes admiro de coração. Fé, esperança e caridade, uma completa a outra. Eu nasci para sofrer e acreditar na virtude. Sofrer é estar disposto a viver sem recear o que a vida tem para oferecer, mesmo sendo bom ou ruim. Acreditar é agradecer a Deus tudo que se tem, considerando–o o Ser Supremo e não se esquecendo de rogar misericórdias pelos atos falsos. Acreditar é existir, a partir do momento em que se acredita, existe–se. Acredite em sua verdade, que Deus, aos poucos, de maneira paulatina, mostrar-lhe-á a dele. Sou um poeta, um amante, um escritor. Sobrevivo do “nasci porque”. Esse porquê é que me alimenta e veste–me, faz–me sorrir e chorar. Leva–me à dupla personalidade. Me faz levantar todos os dias e eleva–me a Deus em pedido de ajuda, perdão e misericórdia. - Meu Deus, tire o falso oceano de mim! Sofro do mal do século! O desejo é a imaginação em movimento. O desejo é a distância entre dois