Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2013

ESPAÇO E TEMPO

“Onde quer que tu vás, ou dia ou noite Vai seguindo após ti meu pensamento” Leito de folhas verde s  – GONÇALVES DIAS Em algum lugar do meu passado torno-me presente sempre que penso em ti. Viajo do meu presente, que é o futuro, para viver (não reviver) essa minha grande e única paixão. Lá eu te conheço, envolvo e te busco para mim. Com o meu esforço de ganhar o teu amor, tu me percebes e começas a sentir o que também sinto por ti. Perdes-te loucamente por mim numa avassaladora paixão que não tem fim. Nos amamos sem medo, sem receios em vão; nosso amor é sublime, lindo e inimaginável. Não há nada mais belo que o nosso amor, mas por infelicidade alguém me acorda e do meu passado, que era o presente, volto ao futuro que é agora o meu atual presente. Tive o meu futuro em algum lugar do meu passado. Não sei o que fazer para continuar a viver aquele meu passado que tanto se distancia do futuro. Não sei se tu existes mais; tua época é passada e

MINHA ESPERANÇA

(Ao conto   Uma Esperança , de CLARICE LISPECTOR) A esperança clássica, apesar de ser ilusória, é necessária. Desperta um sentimento que não tem corpo; tem alma. É frágil, não suporta pressão nem impaciência, é um inseto! Ela vai e vem, custa a aprender, não tem lucidez, mensuração dos fatos, é ingênua. Trágico é saber o que se vai ser. Não adianta protelar; é realidade. A esperança é guiada pelos sentimentos, é o fogo do lar, pode ir aonde quiser. Se a esperança está ferida, escorre sangue, ela sofre como alguém que diz: - Cortaram-me o coração; - Faz-me a alma sangrar. No pacato mundo da esperança, aparece o antônimo: o desespero. Agora há um paradoxo; uma eliminará a outra, lei da existência. As pessoas necessitam da esperança. Mas o desespero também existe, quer agir, atuar. Quem merece a esperança? Quem tem fome existencial para surgir ou quem tem fome de fé? Será que não é hora, momento, de agarra

O DESEJO DO AMOR PELA VIRTUDE

Procuro ser teologal; estas três virtudes admiro de coração. Fé, esperança e caridade, uma completa a outra. Eu nasci para sofrer e acreditar na virtude. Sofrer é estar disposto a viver sem recear o que a vida tem para oferecer, mesmo sendo bom ou ruim. Acreditar é agradecer a Deus tudo que se tem, considerando–o o Ser Supremo e não se esquecendo de rogar misericórdias pelos atos falsos. Acreditar é existir, a partir do momento em que se acredita, existe–se. Acredite em sua verdade, que Deus, aos poucos, de maneira paulatina, mostrar-lhe-á a dele. Sou um poeta, um amante, um escritor. Sobrevivo do “nasci porque”. Esse porquê é que me alimenta e veste–me, faz–me sorrir e chorar. Leva–me à dupla personalidade. Me faz levantar todos os dias e eleva–me a Deus em pedido de ajuda, perdão e misericórdia. - Meu Deus, tire o falso oceano de mim! Sofro do mal do século! O desejo é a imaginação em movimento. O desejo é a distância entre dois