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Mostrando postagens de 2015

QUEM É ELA QUE...

Quem é ela que me faz observar constantemente o meu único meio de comunicação imediato que me acorrenta numa caverna, deixando–me ver somente as sombras que escondem a verdade e a alegria. As sombras me fazem acreditar numa realidade falsa e limitam meu mundo limitado, fazendo com que eu perca a percepção dos sentidos, a noção do tempo e espaço causada pelo meu único meio de comunicação. Este anula minha possibilidade de conhecer através dos sentimentos, causando–me erroneamente a falsa sensação de ser mais humano. Essa é a realidade virtual que me junta a ela matematicamente. Pergunto–me o que pode estar acontecendo. Estará ela ocupada fora ou dentro de sua morada. Familiares à sua espreita ensejando sua comunicação. Íntimos a comunicarem–se com ela. Sua consciência espera seu espírito se espreguiçar num momento tranquilo, de paz, amor ou cansaço para retomar a batalha. A consciência é forte, sua tutora não deseja mais esse laço, capricho seu ou dela. Mente para quem mais gosta,

QUEM NÃO ESTÁ COMIGO, ESTÁ CONTRA MIM?

“E há duas religiões? disse ele. Temos, acredito, a religião de todo mundo; adoramos dia e noite a Deus.” ( Cândido ou o Otimismo , de VOLTAIRE). Al-ilah, Buda, Olódúmarè, Jáh, Jeová etc. são todos apenas um. Mesmo que, às vezes, culturalmente heterogêneos. Como o vinho passa para a água, o plural passa para o singular. O termo universal para designar o Homogêneo é Deus. A cultura hegemônica desta época, enfim, contenta-se e apazigua: "... e todos sabemos disso, então, por que não nos chamarmos de irmãos? Ainda bem que chegamos a esta conclusão, já que nossa clara cultura está na concorrência há mais tempo... por que não? Com isso, designaremos a todos como tementes ao nosso Deus. Se tivéssemos dois copos com água (um com líquido puro e cristalino, e o outro com líquido turvo e salobroso) e oferecêssemos a água escura para vocês; se não tivessem escolha, beberiam dela pela sede? Mas se deixássemos escolher, escolheriam a água limpa? Caso fosse sim

ANTÔNIMOS E SINÔNIMOS

DIA, do que adianta um lindo de sol,  no carnaval  um céu de brigadeiro, azul repleto de toda sua simbologia auto-estimativa, Se... em meu quarto há tempestades Com trovões e relâmpagos que me lembrariam uma guerra mundial, caso possuísse mais algumas décadas nas costas; Se... em mim há nuvens chumbadas e blindadas; Se... estou TREVAS. MORRER quero pois É transmudar É transladar essa condição bipolar Esse ciclo vaporífero De escuridão a luz De melancolia a LIBERDADE.

É UMA FIGURA

“Feliz não é quem cedo levanta, mas quem cedo bebendo, o mal espanta.” ( Gargantua – RABELAIS) Amigo, sua história é a luz da verdade. Domingo, foi à festa com maldade. Comprou convite? Comprou não. O convite é necessário comprá-lo. A você não lhe agrada tais comentários. Penetra, não tem medo de ser. Na grande casa, não podem lá descobrir todos. A festa é em frente ao braço de mar. Em uma dança mansa que não cansa, Comeu mais de dois pratos e morreu. Deu o último suspiro, caiu para trás. Acontece que o meu amigo mudou de residência para outro mundo. Tudo se tornou silêncio, tudo se tornou calma, mudez. Ó, Deus, guarde a salvo o heroico e altivo beberrão! Bebeu nada! Esta só frase em si resume tudo. Está morrendo de frio, ali, no terno de areia que vestiu. Abaixo, via a terra, base sem nitidez. Acima, via o céu, redemoinho incessante. Era um fantasma, que o “Senhor” com sua suave e doce voz a ele

CRÔNICA DA GALHOFA: FRANGO, PIPOCA E FAROFA

  Acredito que realidade deve ser aquela cena que ocorre todos os dias diante dos nossos olhos. Penso que realidade seja a “naturalidade” do “transeunte” que observamos cotidianamente. Sendo assim, o real é o que conhecemos porque é a rotina da retina. A escola é um dado real. Saúde, Educação e Segurança também são dados da nossa realidade. O péssimo funcionamento dessas três instâncias, o descaso dos políticos e a corrupção também são dados da nossa realidade. São cotidianos; porém, inaceitáveis. São sons absurdamente indesejados aos ouvidos. Roubos, assassinatos, estupros, tráfico, corrupções são fatos dos poros. O suor também é normal. Tudo isso acontece até quando estamos dormindo de olhos fechados, mas de ouvidos abertos. O suor não cessa seu ofício nem nos dias mais frios. Se algo só existe, se o admitirmos como real, então deveríamos aceitar essas existências para podermos combatê-las. O absurdo precisa ser aceito como audível para voltar, talvez, a ser silêncio. Muitos i

NAQUELES DIAS DE ATRASO...

Terça-feira. Olho o celular. São 3h54. Ainda falta meia hora para despertar seu alarme, e eu me levantar da cama. Às 5h05, pronto, parto de casa. Então voltei a sonhar. Sonhava que, antes de viajar, uma senhora, ao portão de sua casa, me dizia que, para o almoço, prepararia uma apetitosa feijoada. Ela lamentava minha ausência, pois não provaria, nesse momento, sua iguaria. Porém, me prometera guardar um pouco para mim, quando, à noite, eu retornasse. Desperto. E esse relógio-celular não desperta? 5h02! Salto da cama. Atrasado. O relógio do celular não acordou. Apronto-me de forma descompassada e ligeira. Como viajarei após o almoço, levo a mala e a pasta de trabalho para o carro. Estresse previsto: engarrafamento. Cadê a chave do carro? Ponho a mala e a pasta no chão. Celular no bolso da calça. Volto para casa. Cachorros se esgoelando como se vissem um intruso! As chaves, onde as botei? Sumiram. Cinco minutos depois... achei. Volto para o carro. Ponho na mala a mala. Destino: Botafogo