“Feliz não é quem cedo levanta, mas
quem cedo bebendo, o mal espanta.”
(Gargantua – RABELAIS)
Amigo, sua história é a luz da verdade.
Domingo, foi à festa com maldade.
Comprou convite? Comprou não.
O convite é necessário comprá-lo.
A você não lhe agrada tais comentários.
Penetra, não tem medo de ser.
Na grande casa, não podem lá descobrir todos.
A festa é em frente ao braço de mar.
Em uma dança mansa que não cansa,
Comeu mais de dois pratos e morreu.
Deu o último suspiro, caiu para trás.
Acontece que o meu amigo mudou de residência para
outro mundo.
Tudo se tornou silêncio, tudo se tornou calma,
mudez.
Ó, Deus, guarde a salvo o heroico e altivo
beberrão!
Bebeu nada! Esta só frase em si resume tudo.
Está morrendo de frio, ali, no terno de areia que
vestiu.
Abaixo, via a terra, base sem nitidez.
Acima, via o céu, redemoinho incessante.
Era um fantasma, que o “Senhor” com sua suave e
doce voz a ele falou:
- Levante-se da areia e vamos.
E ele:
- Perrr... doa meusss pecados e leva-me para a
tua morada, hic!, Sinhô!
E o “Senhor” disse:
- Pinguço sem teto, que bebe a consciência, a sua
casa carregar-lhe não vou! Limpe o vômito do seu corpo, desce desse descente
andor e não me chame de Senhor
.
(Primeiros Momentos,
2001)
* ao
amigo Márcio Hilário.
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