“E há duas religiões? disse ele. Temos,
acredito, a religião de todo mundo;
adoramos dia e noite a Deus.”
(Cândido ou o Otimismo, de VOLTAIRE).
Al-ilah,
Buda, Olódúmarè, Jáh, Jeová etc. são todos apenas um.
Mesmo
que, às vezes, culturalmente heterogêneos.
Como o
vinho passa para a água, o plural passa para o singular.
O termo
universal para designar o Homogêneo é Deus.
A cultura
hegemônica desta época, enfim, contenta-se e apazigua:
"...
e todos sabemos disso, então, por que não nos chamarmos de irmãos?
Ainda bem
que chegamos a esta conclusão, já que nossa clara cultura está na concorrência
há mais tempo... por que não? Com isso, designaremos a todos como tementes ao
nosso Deus.
Se
tivéssemos dois copos com água (um com líquido puro e cristalino, e o outro com
líquido turvo e salobroso) e oferecêssemos a água escura para vocês; se não
tivessem escolha, beberiam dela pela sede?
Mas se
deixássemos escolher, escolheriam a água limpa?
Caso
fosse sim a esta última, o livre arbítrio acarretaria em desconfiança.
Agora, se
tivéssemos um copo com água de origem desconhecida, para lhes oferecer, e vocês
um copo com água conhecida, se nos apoderássemos deste copo, impondo-os a
beberem do nosso, beberiam se estivessem com sede, ou abster-se-iam e morreriam
da mesma?
Por que
morrer, se seríamos tão justos não os deixando sem água?
Abdicariam
da caridade de um bom samaritano, um temente a Deus.
Neófitos,
fiquem tranquilos, viverão até morrer! ..."
Deus é
único e singular, varia conforme as línguas.
Em todas
as culturas são designados nomes para o Arquiteto Universal.
Numa
religião não pode ser imposto o aprendizado;
permuta
eclética tem de ser mútua.
Quando
uma cultura aprender a respeitar a outra,
sem
querer ser a melhor, não haverá mais desavenças.
O
objetivo de cada uma é inalterável, o amor a Deus e a sua criação.
Pois,
decerto ele diz... o crime... da nação: Discriminação!
(Primeiros Momentos, 2001)
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