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Lida por ti

Meus poemas que ninguém leu, nem você, expressam o que sinto sem você saber. Meu sentimento é mudo E não sabe ler nem escrever. O passado que você não viveu, mas esqueceu, Não me permite uma chance. Você não me conhece, Nunca sentiu minha sinestesia, E acha isso uma metáfora. Meu desejo era que lesse E se identificasse  por meio dessas letras Sem a lembrança do que não sabe. Apenas a amo como um indiferente Vendo suas fotos e mensagens Que nunca são para mim. Mas, se você não me esquecer, Eu juro assim também o farei. E não me maltrate se aqui se reconhecer, Continuarei nas sombras onde sei viver. Por fado ouço que não serei lido por ti.

CONTO DE UM SAMBA LÍQUIDO

Começo pela véspera atemporal dessa história. Samba. Sempre gostei de samba. É... Sempre? Bem, não é bem assim. Sempre é um tempo constante sem início nem fim. Esse tempo começa quando não lembramos o início. Tempo suspenso na recordação. O que importa é a certeza da ancestralidade desse gosto em mim. Agora, a título de recorte dentro da constante atualidade do tempo, essa influência desinfluente pode ser datada no final da década de 1980. Antes de sair para o trabalho, minha mãe deixava o rádio ligado na Rádio Tropical. SÓ TOCAVA SAMBA independente do subgênero. Mas um estilo me tocava mais: o tal do pagode chamado de “raiz”. Do menos rebuscado aos mais conceituados. E digo uma coisa: o samba mais comercial dessa época ainda é melhor do que os “populares” das décadas seguintes. Comecei a memorizar os nomes e os sambas de bambas antigos e atuais. E não cito nenhum nome, pois “malandro” não se compromete, só “mané” não se toca. Outro tipo de samba é o de enredo, o qual tem me ape