Preciso falar, mas quem me
ouvirá?
Alguém precisa da minha voz,
mas quem me entenderá?
Será somente o vento que
percebe a minha presença?
Minha aparência todos veem,
e minha sensibilidade,
fragilidade, quem sentirá?
Demonstrei toda emoção,
apaixonei-me.
Meu coração sorria com os
lábios.
Meu coração ainda sorri...
calado e inexpressivo.
Naquela noite festiva,
meus olhos calaram minha
emoção,
dizendo com profunda
tristeza:
- Não se parta, seja forte.
O coração chorou imensamente,
porém foi forte.
Guardei a emoção, a paixão.
Será somente o vento que
perceberá.
Muito busquei... seria essa a
última paixão...
à qual meu coração tanto se
abria?
Mas se fechou.
Encontrei uma amiga distante
no meio de tantas pessoas.
Ela abraçou-me fortemente,
dizendo:
“- Você está triste? Não me
engane. Onde está o seu brilho, a sua alegria?”
Naquele momento, chorei por
dentro,
porque queria o carinho dela.
Somente ele e o vento
conhecem minha magia.
Sentem minha sensível e
frágil alma.
Poucos me percebem, pois
guardo tais momentos,
reservando-os como depósito,
para o meu sentimento de
amor.
05/98
(Primeiros Momentos, 2001)
(Primeiros Momentos, 2001)
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