Espelho,
interlocutor ao desencanto,
O
que se aprende com as derrotas?
O
que não é seu será sempre do outro.
As
palavras de contentamento são vazias,
Saudação
por educação.
O
que fazer após a derrota?
Embriagá-la...
Depois...
Descansar.
Amanhã
é outro dia.
Amanhã
é apenas outro dia.
É
preciso acordar cedo para trabalhar,
Passar
um sorriso nos lábios,
Maquiar
o rosto com pó de alegria.
Ninguém
tem culpa de seus fracassos.
Ninguém
merece seu mau humor.
Ninguém
merece sua grosseria.
O
que fazer com o sonho sonhado acordado?
E
a construção de um tempo futuro psicológico?
Esquecer
o mito?
Importa?
Voltar
à verdade,
Atos
repetidos do cotidiano.
Não
temer a zombaria
Por
conta da pretensa intenção de abandonar a realidade.
Espelho,
encantador de tristezas,
Onde
foi o erro?
O
outro não explica.
Quem
laureia não se importa.
O
vencedor quer festejar.
A
pergunta deve ser introspectiva.
Quem
pode explicar o fracasso?
Como
não pode haver sucesso
se
a dedicação se dá pela paixão?
Somente
os divinos humanos podem explicar aos humanos deuses.
Não
culpe seus mitos e medos.
Primeira
estrela a surgir no céu,
Eu
não a culpo.
Aquele
que pode alterar a data da morte,
Eu
não o culpo.
O
senhor que modela os pensamentos humanos,
Não
o culpo.
Ave
que rege a vida uterina,
Não
a culpo.
Meu
herói ancestral mítico,
Eu
não o culpo.
Meu
cérebro, meu self,
Eu
não o culpo.
O
destino do meu corpo,
Não
o culpo.
Se
a vitória é sentida certa,
por
que não a aprovação?
Não
era para ser
Para
você
O
que era para ser
Para
outro.
O
humano prepara os obstáculos mediante os seus assinalados,
seus
pares.
Espelho,
reflite luz.
Que
sacrifício o oráculo orienta?
Rememore
a luta primordial.
O
rito mantém vivo o mito
E
o fortalece.
Se
o encanto for desencantado...
reencante.
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